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11 de março de 2008

NOVA NORMA DA ABNT PARA EMBALAGENS DEGRADÁVEIS REACENDE DEBATE SOBRE SACOLAS DE PLÁSTICO

A discussão sobre embalagens de plásticos oxi-biodegradáveis ganhou mais um elemento para continuar em pauta: uma certificação feita pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e o Instituto Nacional de Plástico (INP). A norma lançada no dia 14 de fevereiro certifica estas embalagens, excluindo o uso do termo oxi-biodegradável.
Mas para Eduardo Von Roost, diretor da RES Brasil - uma das fabricantes do aditivo que torna o plástico oxi-biodegradável - a norma não se aplica a seu produto.
Ele afirma que não existe norma para o plástico oxi-biodegradável – que contém um produto adicionado ao plástico durante o processo de fabricação - porque o uso do aditivo é recente. E a norma da ABNT não se aplica.
"Você não pode fazer uma norma para um caminhão e pedir para que um navio atenda esta norma", ironizou Von Roost em entrevista à Revista Sustentabilidade.
O objetivo da INP ao procurar a ABNT para auxiliar no processo de certificação visa proteger os consumidores de produtos que não comprovem as características de biodegradabilidade e barrar o uso do termo oxi-biodegradável, explicou o diretor superintendente do INP, Paulo Dacolina à Revista Sustentabilidade.
Segundo Dacolina, o termo oxi-biodegradável (oxo-biodegradble em inglês segundo os fabricantes dos aditivos) não é um termo técnico.
A norma da ABNT foi elaborada por uma comissão multidisciplinar formada por mais de 70 representantes de entidades e empresas, a maioria fabricantes de plástico, além de laboratórios e universidades, que confirmaram participantes, inclusive Von Roost.
Intitulada "Embalagens Plásticas Degradáveis e/ou Renováveis", a norma está dividida em duas partes: NBR 15448-1 (Terminologia) e NBR 15448-2 (Biodegradação e Compostagem).
A primeira parte da norma determina que o termo correto seja oxi-degradável e não oxi-biodegradável, retirando o 'bio' devido às características do material. Segundo Dacolina, o termo 'oxi-biodegradável' não corresponde às características dos produtos que utilizam o aditivo, porque não são decompostos através de microorganismos, mas são reduzidos a partículas microscópicas pela ação do oxigênio.
"Estes aditivos são pró-degradantes", explicou Dacolina. "Eles degradam a embalagem, mas não a eliminam do meio ambiente. Ela vai continuar [a existir], não sei por quanto tempo, em forma de pó ou de pequenos pedaços".
O diretor afirmou que a INP é contra a sacola 'oxi-degradável', porque não existem estudos que comprovem quanto à eficiência do aditivo e qual o efeito ao meio ambiente, já que a composição do aditivos contém metais, como manganês, zinco, cobalto e ferro.
Ponto que os fabricantes do aditivo discordam. Eles explicam que o aditivo permite que o o óxigênio atue sobre o polímero, quebrando-o em molecuolas menores - até um sétimo do tamanho - com a mesma composição do próprio pllástico, o que permite que a água, o oxigênio e as bactérias possam continuar a degradação naturalmente. A caractéristica de biodegradabilidade.
"O aditivo tem o mesmo formato físico de um grão de plástico de polietileno", explicou Von Roost. "Ele contém polietileno ou polipropileno, auxiliares no processo, antioxidantes, como qualquer resina plástica, e os agentes promotores de oxi-degradação, que podem ser feitos de sais. Cada fabricante tem sua fórmula. Nós utilizamos o manganês [como catalisador]".
Von Roost alega que o manganês contido no aditiivo D2W não trás perigo, pois é um dos elementos mais abundantes no solo e é utilizado como adubo e complexos vitamínicos.
A segunda parte da norma determina os requisitos mínimos para a comprovação de que um produto plástico seja efetivamente biodegradável. Segundo Dacolina, a norma exige que a degradação seja feita por bactérias e os produtos finais sejam carbono e hidrogênio, dentro de período mínimo de tempo.
"[A norma diz que] quando a sacola biodegradável está em uma ambiente de compostagem, um ambiente biologicamente ativo, ela passa por um processo de mineralização, isto significa que ela se transforma em dióxido de carbono em um determinado período de tempo", explicou Von Roost. "Já o 'oxi-biodegradável' não entrou na norma porque não se mineraliza [ou seja, não se transforma em dióxido de carbono] no período e quantidade determinada na norma”.
Von Roost afirmou que o aditivo possui laudos internacionais e brasileiros que comprovam a oxi-biodegradação.
ALTERNATIVAS VIÁVEIS?
Enquanto o executivo da RES afirma que a sacola 'oxi-biodegradável' que utiliza seu produto é uma vantagem para o meio ambiente, porque garante o material descartado indiscriminadamente no meio ambiente se degrade.
O superintendente do INP prefere maior eficiência na coleta seletiva, que encaminhe parte do plástico das sacolas para incineração e geração de energia, enquanto não há alternativa viável com produtos biodegradáveis feitos de material natural.
Já se inciaram pesquisas para alternativas às embalagens de plástico derivado do petróleo, como as que são feitas com polímeros de fontes renováveis como milho, mandioca, batata (os polímeros vegetais), mas os estudos ainda não comprovam que são economicamente viáveis.
No entanto, o debate deve continuar. Enquanto os pesquisadores dos biopolímeros feitos de extratos naturais dizem que os produtos de degradação são apenas o CO2 e água que não contaminam o solo, os fabricantes dos aditivos alegam que isto é uma desvantagem.
Eles dizem que o plástico com aditivos liberam o CO2 devagar e nos lixões continuam inertes, mas os biopolímeros liberam CO2 bem mais rapidamente na atmosfera e, nos lixões, degradam-se anaerobicamente para liberar metano, explicam os fabricantes dos aditivos.

Revista Sustentabilidade
Dayane Cunha
10/03/2008

O Aquecimento Global é uma realidade incontestável.

O Aquecimento Global é uma realidade incontestável, mas será que o homem é realmente o único culpado ou apenas parte do problema?

O planeta Terra é dinâmico e desde sua inclusão, no time do sistema solar, este elipsoide, originário do acúmulo de gases do universo, está em processo de transformação. Evolução constante que ocorre graças à ação direta de energias que atuam sobre sua estrutura (externa e interna), conhecidas como: Dinâmica Externa (gravidade, sol, água e os ventos) e Dinâmica Interna que vem do interior da terra (vulcões, terremotos, tectonismo de placas etc.). As dinâmicas são forças que agitam o planeta atuando sozinhas ou somando suas energias. Estas intervenções naturais ocorreram no passado, ocorrem no presente e vão permanecer ocorrendo no futuro deste planeta, que nos atura, mas paciência tem limite!

O somatório de energias transformadoras, possibilitaram o nascimento de um belo ecossistema azul que orbita o Sol a, aproximadamente, 4,5 bilhões de anos a quem chamamos de Terra. A energia transformadora, que a bilhões de anos vem moldando o planeta, é chamada de: "NATUREZA" pelos cientistas, "FORÇA DIVINA" pelos mais religiosos ou "GAIA" pelos poetas.

Gaia é um organismo vivo e resiliente, pois, mesmo sendo bombardeada por raios cósmicos e meteoros, supera e prospera, no entanto, o seu maior inimigo é interno, protegido pela acolhedora biosfera do planeta Terra. Todos os seres vivos podem ser acometidos de doenças virais, parasitas que atuam no organismo hospedeiro, agindo com maior ou menor potencial ofensivo. Quanto a Gaia o vírus que a maltrata é a “Raça Humana”, justamente aquele que, em tese, deveria garantir a “saúde” do Planeta Terra.

O impiedoso vírus homem (caçador, agricultor, industrial, consumidor voraz de energia, produtor de lixo...) o inimigo do próprio homem, com o seu desenvolvimento predatório que ataca violentamente o Ecossistema Terrestre em todos os seus biomas, vem com o passar dos séculos provocando um perigoso desequilíbrio na dinâmica do planeta, em um processo de destruição, em nome do "progresso" (técnico e econômico) que se intensificou a partir da Revolução Industrial. Os sintomas do ataque viral provocado pelo homem, são intensamente observados na intensificação das alterações no clima planetário: desequilíbrio do efeito estufa em decorrência do aquecimento global; o envenenamento, de todos os ecossistemas, poluição e a destruição gradativa das florestas etc.

As alterações climáticas são fenômenos provocados por causas naturais (dinâmica da terra) e antrópicas (ação predatória do homem), mas, com certeza, a natureza tem uma imensa capacidade de contra atacar e se curar - as 5 ultimas extinções em massa, são uma prova e, tudo em dica, que a 6º está em curso.

Os seres humanos estão cometendo um "suicídio ambiental" matando seu hospedeiro. Gaia vai se adaptar e superar, não tenho dúvida, porém, o perigo, para Raça Humana, é que o processo de cura de ataques virais tem como estratégia o combate ao vírus até que ele seja exterminado do organismo infectado.

Renato Cesar


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