
Durante a 2° Guerra Mundial os japoneses tentaram promover incêndios nos EUA através de balões que conduziam bombas incendiárias não obtiveram um sucesso significativo nesta tentativa de guerra ambiental. No Rio de Janeiro alguns piromaníacos tentam repetir, sazonalmente, esta ação. Todos os meses de junho e julho lançam no céu carioca suas bombas de papel. Este ano não foi diferente, por volta das 22 horas do último sábado, o Morro dos Cabritos e o Parque da Catacumba, próximos à Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, foram atingidos por balões e a vegetação pegou fogo. O crime ambiental colocou em risco a vida das pessoas que residem próximos a estes dois locais, o fogo rapidamente se alastrou e destruiu boa parte da vegetação que compõem um importante parcela do que ainda resta da Mata Atlântica, que foi destruída pelo fogo de origem criminosa, uma área que se estima (dados do CBMERJ) equivalente a quatro estádios do tamanho do Maracanã.
Outros 9 (nove) pontos de incêndio em áreas de preservação permanente da cidade do Rio de Janeiro também foram atingidos por incêndios, que segundo a defesa civil do RJ, foram provocados por balões . O prefeito Eduardo Paes exigiu medidas legais rigorosas contra os criminosos (baloeiros) e se comprometeu a reflorestar a região atingida, mas o mal já foi feito e enquanto esta burrice de soltar balão for considerada, por uma pequena parcela de imbecis, como atividade “cultural” o Bioma Mata Atlântica e outros Biomas, já fragilizados pelas ações antrópicas (ações e/ou omissões praticadas pelo homem), continua em constante perigo.
Mesmo com as campanhas realizadas há 11 anos pelo Disque-Denúncia do Rio de Janeiro, só neste primeiro semestre o órgão recebeu 236 denúncias de soltura de balões. No ano passado, foram 660.
A confecção e soltura destes artefatos incendiários é Crime Ambiental previsto na lei 9605/98, os autores deste crime estão sujeitos a uma pena de um a três anos de prisão. Infelizmente, ainda é afiançável com valores previstos de R$1(um) mil a R$10 (dez) mil.
O Disque-Denúncia (21 22531177) aumentou para R$2 mil a recompensa para quem der informações sobre fabricantes, comerciantes e baloeiros no estado do Rio de Janeiro.
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